Advertência

A Esquizofrenia Cor de Rosa é um espaço onde são despejados pensamentos, o mais inalterados possível da sua forma primordial. Não se pretende aqui construir um "cantinho" de discussão científica, filosófica, religiosa, histórica ou de qualquer outra índole. A realidade dança o tango com a ficção; o senso comum luta com a ciência, numa batalha onde ninguém sairá vencedor. Cabe-lhe a si, leitor, interpretar da maneira que lhe aprouver. Sinta-se livre para comentar, criticar ou lançar sugestões!

quarta-feira, março 31, 2010

E-mails

Há aqueles e-mails cujo título já surge com a avaliação. Ex.: "Frases (MUITO BOM)".
  • Estimado reenviador: quem decide se o mail é bom ou mau é quem o lê. Obviamente que você gostou... Pelo menos o suficiente para o ter reenviado!


Temos aqueles com um título engraçado e/ou interessante. Ao abri-los, aparece apenas um documento em powerpoint... Mas afinal esse documento contém uma mensagem religiosa, escrita em português do brasil, acompanhado de um excerto de 10 segundos de uma música pirosíssima que só pára quando o fechamos. Cheguei a receber um que no final do documento dizia: "Só escrevi no título do email «dicas para fazer sexo na praia» porque se optasse por dizer do que se tratava, vocês certamente não abririam a mensagem."
  • Ao senhor que fez o documento: Os meus sinceros parabéns! Você é, sem dúvida, uma pessoa de inteligência superior.
  • Aos parvalhões que reenviam essa porcaria: Vocês têm a certeza que não conseguem arranjar nada melhor para fazer com o vosso tempo? 


Toda a gente tem, certamente, uma ou duas dezenas de contactos que adoram dar a sua contribuição à solidariedade, reenviando emails de crianças deformadas, idosos desaparecidos, ou animais em vias de ser abatidos. No título aparece quase sempre "URGENTE!!!", mesmo que não tenham a mínima ideia da data em que o email foi criado (o que acontece quase sempre, pois os coitados que fazem estes emails, no meio de tanto desespero, nunca se lembram de colocar a data).  Para estes reencaminhadores tenho também uma mensagem:
  • Meus queridos, se quereis ser solidários a sério, ajudai pessoas carenciadas perto de vós, oferecendo-lhes roupa e livros que já não usais, ou comida que vos tenha sobrado e que provavelmente será deitada ao lixo. Recorrei a instituições destinadas a esse fim. Quanto muito, meus caros, ligai primeiro para os contactos que aparecem no email. Se verificáreis que afinal se trata de uma situação verídica e actual, aí sim, reenviai o mail!


O tempo áureo da moda das correntes já lá vai. De qualquer forma, elas acabam sempre por nos aparecer no meio daqueles emails menos chamativos, que deixamos acumular e só lemos em situações de tédio extremo. As correntes podem adquirir três formas distintas:

    - As mágicas, que fazem aparecer 5 cêntimos por cada e-mail reenviado. Penso que é esta a origem dos potinhos com moedas de ouro no fim do arco-íris.
    - As maldições ciganas, que nos ameaçam de vários anos de azar se apagarmos o email sem o reenviar. Será que o azar também é enviado por email?
    - As fadas madrinhas, que prometem realizar o número de desejos equivalente ao número de reenvios. Só as crianças e os pobres é que pedem desejos assim à parva... Digo eu.

  • Não vou tecer grandes comentários às alminhas que reenviam as correntes. Apenas deixo uma questão: São vocês que mantêm acesa a chama do Pai Natal e da Fada Dentinho, não são?



Falo-vos, por último, dos emails cujo título abarca a frase "Ler até ao fim". E deixei esta categoria para último por um simples facto: não há comentário possível!!!

sexta-feira, março 26, 2010

Boa Educação



Certo é que o tempo da etiqueta resume-se, hodiernamente, a uma penumbra do que era há umas décadas atrás. Hoje o que interessa é dar nas vistas, quer seja pelo exibicionismo, quer seja simplesmente pela falta de gosto e de tacto. Não estou a falar sequer dos mitras, gunas, labregos, ou de qualquer outro grupo social que prima pela sua especial falta de maneiras (entre tantas outras coisas de que carecem). Falo, sim, da grande maioria da juventude, onde ainda se incluem pessoas de faixas etárias mais avançadas. Isto porque, graças a Deus, a má educação está por todo o lado e não escolhe idade.

E é engraçadíssimo que muita gente que não sabe o que são talheres de peixe e acha que cuspir e escarrar para o chão é um hábito saudável, muitas vezes ainda manda o seu bitaite quando alguém lhes aponta um erro gramatical que seja, agredindo verbalmente a pessoa em causa. O sujeito rude acha sempre que quem lhe emenda uma conjugação verbal mal feita está a armar-se em superior, quando na verdade é ele quem se acha o maior, sem qualquer fundamento palpável.

A meu ver, o cúmulo dos pretensos cavalheiros e meninas que se armam em chiques é a típica expressão «Oi, tudo bem?» frequentemente utilizada no início de uma conversa, mas também naqueles mini-diálogos que surgem quando nos cruzamos na rua com uma cara conhecida. E pergunto eu: quem foi o idiota que convencionou o uso desta frase como símbolo de boa educação?

Gente: a boa educação nunca poderia ter como base a hipocrisia! Sim, porque a esmagadora maioria das pessoas que perguntam se está tudo bem estão-se nas tintas para os problemas que estamos a vivenciar. Elas acham simplesmente que estão a fazer um figurão ao acrescentar «tudo bem?» à comum saudação que se exige quando encontramos um conhecido.

Será que ninguém se apercebe do ridículo que é andarmos às compras a correr contra o relógio em época natalícia e cumprimentar alguém, que está naquele momento a usar as escadas rolantes no sentido inverso ao nosso mas igualmente super-povoadas e ficar na dúvida entre responder «Sim, está tudo bem. E contigo?», sendo que a segunda frase já terá que ser pronunciada num tom de voz próximo do grito, ao mesmo tempo que quase fazemos um torcicolo para ouvir a resposta da pessoa; ou simplesmente dizemos a verdade, e expomos as nossas aflições ali no meio da multidão, igualmente aos gritos e a olhar para trás. Obviamente que esta situação hipotética nunca se verifica, pois toda a gente sabe que se responde «sim, obrigada. E contigo?», uma vez que a seguir vem sempre a mesma palavrinha: «Também.». E a conversa termina ali.

Toda a gente utiliza o messenger. Nunca se depararam com aquela situação em que mal entram no messenger, cinco ou seis pessoas abrem uma janela convosco, e perguntam todas se está tudo bem? É aflitivo! Irritante, até. Dá-me sempre vontade de os mandar a todos à #%$&" porque é saturante ter aquela conversa do exemplo das escadas rolantes em qualquer situação, mesmo em frente ao computador, onde não é necessário elevar a voz, nem mover o pescoço para posições desconfortáveis.

Dizem-me frequentemente que tenho que me acalmar, somente por explicar que é impossível estar tudo bem, pois a insatisfação faz parte da natureza humana. Além disso, são muito poucas as pessoas com quem nos sentimos suficientemente à vontade para expor os problemas assim à toa, mal começamos a conversar. 
Estarei assim tão errada? Será que o que digo faz parte apenas do meu mundo e mais ninguém se vê nesta situação? Por que raio me bombardeiam com  conselhos de combate ao stress só porque manifesto o meu descontentamento com as práticas da sociedade que aos meus olhos não fazem sentido?

Acho que a boa educação implica pedir licença quando queremos sair da sala e temos companhia, mastigar com a boca fechada, prestar atenção ao que os outros dizem sem interromper... E por aí adiante. Alguém que cumpra estas regras e não me pergunte se está tudo bem após me cumprimentar, aos meus olhos não é mal educado. Normalmente deparo-me com o inverso. Autênticos selvagens que se consideram educados por utilizarem a maldita expressão. E é este o mundo em que vivemos.

sexta-feira, março 19, 2010

Henry Cavill

Prevejo que este texto apenas irá interessar às leitoras do meu blog. Portanto, homens, nem se dêem ao trabalho de continuar.



Esta obra de arte cativou a minha atenção na série televisiva The Tudors, onde faz o papel de Charles Brandon, o Duque de Suffolk. Pois claro que é duque de Suffolk! É de deixar qualquer mulher "suffolkada", não só as da terra de onde ele é duque. 

Fui logo pesquisar de onde vinha este borracho e qual não foi o meu espanto quando li que ele aparecia no filme O Conde de Monte Cristo, ainda numa adolescência tenra. Tive que ver fotos dele naquela altura, porque apesar de ter adorado o filme, não o estava a identificar. E quem quiser conferir (https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdsvhlvRMAaSS0le9YD1ibN46ox8P-F4Wf2iegpqPSKXsV83kucMhfWO3h5C3RSd8k06hF6tn7Hu9y8iO3rB6Gv2Md9GJ-OIIYxCYtNLRwcv5F0VUsb2xRFI1W0JUSb_9zHZ7QS_vOpmFH/s400/twilight,+henry+cavill.jpg), certamente há-de concordar que a última década lhe fez muito bem. Não sei se foi devido a uma alimentação à base de nitrofuranos ou se lhe atiraram adubo puro para cima... Mas cresceu que foi uma coisa doida.

Não há muito tempo, quando eu ia para o site do Tag atrofiar com aquelas mentes em desenvolvimento (e outras simplesmente subdesenvolvidas), expressei repetidamente o meu fascínio pelo Henry, mas ninguém sabia quem era. Todas aquelas curiosas que se deram ao trabalho de pesquisar, imediatamente partilharam a minha adoração pelo rapaz. Isto leva-me a crer que a imagem dele suscita um efeito excitante. É uma espécie de feromona visual.

Confesso que se trata de um fenómeno estranhíssimo. Eu, pelo menos, aprecio homens morenos, de olhos castanhos. Hugh Jackman, Eric Bana, George Clooney são a minha perdição. Mas este rapaz branquinho deixa-me sem defesas. Que lábios! Parece que foram desenhados por escultores de deuses gregos. Os pais dele são uns arquitectos de mão cheia, porque ele é um monumento e tanto! Não admira que goste de fazer papéis de realeza.

Andava eu a ver as fotos que estão no seu perfil de fans do facebook (http://www.facebook.com/#%21/pages/Henry-Cavill/52748611983?ref=nf), e acabei por comentar umas quantas. A certa altura, aparece uma foto dele com o cabelo comprido, penteado para trás e heis que leio um comentário que dizia «até com cabelo comprido oleoso!...». E é mesmo verdade. Acabei por comentar também uma foto em que ele está com uma camisola que não foi passada a ferro. E tiram-lhe fotos assim... para revistas! Aposto que a camisola até podia estar cheia de lama e a cheirar a marinada de suor com sebo que ia continuar apetitoso. Aquele rosto é perfeito. Não sou gaja de me babar por homem nenhum, mas este sujeito faz-me salivar compulsivamente. 

Espero ter expurgado os pensamentos impuros que me atormentam a alma sempre que vou ver as fotos do Henry. E é também com muito gosto que partilho a minha doideira por ele, pois o egoísmo não consta da minha enorme lista de defeitos. =D

segunda-feira, março 15, 2010

O assunto aqui é dinheiro, fama... Alface.

Pássaros

O pássaro é um bicho que nunca me agradou. Tudo bem que voa quando está muito vento e até com chuva... Mas não gosto. Não gosto porque... Sei lá. Não gosto! São animais com cabeças minúsculas e por muito diferentes que sejam dos animais com escamas, as penas continuam a não ser pelinho fofo. Portanto, tocar-lhes e fazer festinhas também está fora de questão.
Desconfio que eles pressentem a minha falta de entusiasmo quando nos cruzamos. Para onde quer que eu vá quando mudo de casa, há sempre galos e gaivotas por perto. É uma chinfrineira que não se pode aturar. E é dia e noite, isto é dia e noite, como dizia o velhote dos apanhados. Já no que toca à minha residência fixa, sou atormentada por pombos constantemente. O meu quarto tem a janela no tecto e os desgraçados dos bichos adoram ir para  lá brincar, como se de um escorrega num parque aquático se tratasse. O pior é que só fazem isto quando o sol nasce, isto é, por volta das sete da manhã, quando estou eu a dormir e a ter sonhos fantásticos... Que acabam de formas assustadoras, com o som das patas dos pombos a escorregar no vidro como melodia de fundo. Acordo sempre sobressaltada e sou obrigada a fazer uma sessão de alongamentos ao despertar, pois tenho que me esticar toda para abrir a janela e afugentar os malditos pássaros.
Outra coisa que odeio nos pássaros é o facto de serem uns porcalhões. Fazem cocó trezentas mil vezes por dia e sempre líquido.Se as minhocas lhes causam soltura intestinal, por que não mudam de dieta? Passem a comer... Sei lá... Frutos secos. Mas eles não mudam de alimentação porque não são eles que aturam o cocó. É sempre o desgraçado que está por baixo deles na altura do arreio.
São os pássaros e os animais de gado. Arruinam completamente a filosofia associada ao acto de fazer cocó. Nós, humanos, muitas vezes levamos a chamada leitura de casa de banho atrás; outras vezes limitamo-nos a reflectir ou a fazer planos. Pois o pássaro faz o seu cocó sempre que lhe dá vontade, quer esteja confortavelmente pousado no ramo de uma árvore, quer esteja em pleno voo juntamente com a família e o resto da passarada. O pássaro não diz aos seus camaradas «Vão andando que já vos apanho». Não. Prefere borrar-se ali no meio da malta, só para se poupar do incómodo de ter que voar mais rápido para os apanhar.
É por isto que, tal como já disse e volto a dizer, não gosto de pássaros. São animais egocêntricos que se estão literalmente a cagar para quem está por baixo deles. E a propósito disso, fica aqui um esquema bastante interessante, que me foi apresentado por um  amigo e se aplica na nossa sociedade, revelando o porquê de as pessoas de inteligência superior não se darem bem com idiotas e vice-versa.



domingo, março 14, 2010

Culinária

Algo que me faz chegar a mostarda ao nariz são os livros de culinária. Supostamente, estes livros servem para ajudar aqueles cozinheiros amadores que, carecendo de aptidão natural para a coisa, resolvem procurar pratos sofisticados e artísticos, com a segurança de que, seguindo à risca os passos dados pelo chef, irão conseguir uma refeição digna de aplausos.
Trata-se de um objectivo alcançável, mas o problema é que há uma sequência lógica que pode começar das mais diversas maneiras, mas acaba quase sempre de igual forma. E passo a exemplificar:

  1. O sujeito quer fazer um jantar de família e amigos próximos;
  2. Opta por um prato ligeiro... Uma refeição de peixe será o ideal;
  3. Procura o livro de culinária sobre peixes;
  4. Decide o tipo de confecção do bicho. Peixe assado parece ser uma boa opção;
  5. Vai à secção dos assados:
  6. Escolhe a variedade de peixe;
  7. Corre todas as receitas daquela categoria e selecciona uma que pareça simples, mas com boa apresentação;
  8. Lê os passos por alto, para se certificar de que não precisa de nenhum super-poder ou de um utensílio de outro planeta para cozinhar aquela iguaria;
  9. Reúne na mesa da cozinha os ingredientes;
  10. Para adiantar tempo, começa já a preparar a refeição, mesmo que ainda não tenha tudo à mão. (" Isto da culinária também é para os desenrascados!", pensa ele, todo satisfeito);
  11. Apercebe-se de que não tem manteiga sem sal nem farinha de milho e vai ao supermercado. Quando chega à porta, repara que ainda tem o avental e corre à cozinha para o deixar lá;
  12. Volta do supermercado com os ingredientes que faltavam para fazer a massa;
  13. Afinal, havia um ingrediente, já no final da lista, que nem tinha visto antes e, além de não o ter em casa, também nunca ouviu falar de tal coisa;
  14. Substitui o tal cardamomo por coentros, pois parece-lhe que é mais ou menos a mesma coisa. A esta altura, ele já se pode considerar um cozinheiro com prática... Já fez a massa, deve contar para alguma coisa. Além disso, ninguém vai notar a diferença. (Quem sabe ainda descobre uma forma de melhorar a receita e poderá, um dia, ter o seu próprio prato);
  15. Tira o tabuleiro do forno. "Ooops. Isto na foto era um empadão mas o meu parece um bolo rei sem frutas cristalizadas."

E isto, meus amigos, acontece quer seja um prato de bacalhau escondido em cama de batatas laminadas e ovos cozidos, quer seja com um folar da páscoa. Há sempre uma alface romana, 100gr de ervilhas tortas, 5 colheres de chá de gengibre branco cristalizado ou outro ingrediente qualquer que só encontraríamos no mercado negro indiano. E é este ingredientezinho que nos arruina três horas de expectativa e dedicação.

Deixo, pois, uma mensagem aos chefes de culinária que publicam as suas receitas: talvez seja boa ideia começarem a criar receitas com ingredientes nacionais, como as avós faziam. Aqueles pratos simples e muito saborosos que inebriam a casa com o seu aroma. Receitas que os comuns mortais possam confeccionar sem terem que pegar num passaporte e andar pelo mundo fora a brincar aos caça tesouros.


O melhor e-mail que recebi no dia da mulher e a resposta que lhe dei

DESEJO SEXUAL

Nunca entendi o porque das necessidades sexuais dos homens e das mulheres serem tão diferentes.
Nunca entendi todas essas baboseiras que dizem, entre as quais que a mulher vem de Vénus e os homens de Marte.

E também nunca entendi porque é que os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.

No entanto, uma noite eu e a minha gaja fomos para a cama.
Claro... começamos a acariciarmo-nos, o agarranço do costume, apalpão nos traseiros, etc...

O problema é que já tava eu bem na vertical, quando ela me diz: Oh amor!.. agora não tenho vontade. Por favor abraça-me somente. E a gaja diz-me isto com uma cara de cínica do caraças!... E eu:

QUEEEEEE??????

E então virou-se para mim com aquelas palavras femininas mágicas que todas têm na ponta da língua:

'Vocês são todos iguais!!! Não sabem entender as necessidades sentimentais de uma mulher'.

ORA FOOOOOODAAAAA-SEEEEE!!!
No final de contas, não ia haver nada nessa noite.
Fodido, guardei os óleos afrodisíacos, apaguei as velas, tirei o CD do Alejandro Sanz (nestes momento funciona quase sempre), tomei um duche de água gelada para acalmar a besta, e deitei-me a ver o 'Discovery' bem alto, para a velha da sogra não dormir.
Após alguns tempo, adormeci.....


No dia seguinte fomos às compras ao Corte Inglês;
entrámos numa loja, eu tava a ver relógios enquanto ela experimentava 3 modelos caríssimos da Cartier

Como mulher que é, não conseguia decidir-se por nenhum e então, farto de estar ali, disse-lhe: Leva os 3 amor.
Então disse-me ohando para uns sapatos de 290€, que estava mesmo a precisar de calçado. Eu respondi que me parecia bem.
Fomos de seguida à secção de roupa, de onde saímos com 2 modelos Channel, uma encharpe de plumas Fátima Lopes e mais uma mala Luis Vuiton .

Ela estava tão emocionada.

Eu penso que ela achava que eu tinha enlouquecido, mas lá ia trazendo as compras todas atrás dela.
Penso também que me estava a pôr à prova quando me pediu uma saia curtíssima para jogar ténis... (nem correr sabe... quanto mais jogar ténis)
Entrou em choque quando lhe disse: compra tudo o que quiseres, meu amor.
Eu acho que ela estava quase sexualmente excitada depois de tudo isto.
E virou-se para mim: vem carinho, vem meu doce, meu sol, minha vida (e outras lamechices mágicas de todas as mulheres): Vamos à caixa pagar.
Foi aí que, estando apenas uma pessoa à nossa frente para pagar, lhe disse:


Oh amor!.. agora não tenho vontade de comprar tudo isto...

Bem, a cara dela só visto. Ficou pálida então quando lhe disse. 'Abraça-me somente!'

Ficou como quem ia desmaiar a qualquer momento. Ficou com a parte esquerda do corpo e o tique da sobrencelha direita a vir ao de cima. Balbuciou:
QUEEEEE??????

Respondi-lhe, magoado:
''Vocês são todas iguais!! Não sabem entender as necessidades financeiras de um homem''..


*Manda pra gajos se rirem e aprenderem como educá-las
*Manda pra gajas pra nunca recusarem sexo


RESPOSTA

Caras/os amigas/os, em especial o que teve a brilhante ideia de escrever a história e a todas as mentes igualmente fantásticas que se deram ao trabalho de reencaminhar:



Como mulher que sou, estou indignadíssima com este email. Por um lado, porque Chanel e Louis Vuitton estão mal escritos (entre outros pequenos erros) e, por outro, porque nem toda a mulher recusa sexo. Aliás, algumas precisam de literalmente esfregar a "cesta da fruta" na cara dos namorados/maridos numa tentativa desesperada de conseguir efectuar uma reanimação «cardíaca».


Às vezes (e não tão poucas assim), as mulheres também ouvem «oh, hoje não. estou cansado/ doem-me as costas/dói-me a cabeça» ou pura e simplesmente os meninos não levantam o rabo do sofá e só querem que se lhes faça de comer (devem pensar que são o Rei Luís XIV reencarnado).


E a TRISTE realidade é que, além disto tudo, nós mulheres ainda temos que aturar com as piadinhas machistas do género «cala-te e vai fazer o jantar» ou «vocês servem é para passar a ferro», quando as mulheres que faziam estas tarefas não precisavam de ter um emprego porque o seu marido, por muito inútil que fosse em casa, sempre GANHAVA DINHEIRO SUFICIENTE PARA SUSTENTAR A FAMÍLIA.


Quando é que vocês ganham dois dedos de testa e se vão aperceber disto? Fartei-me destas piadas infantis. A partir de hoje, homem que me venha com esta lenga-lenga, vai ouvir das boas.


E digo-vos mais: duvido que houvesse muitas mulheres a queixarem-se de lavar roupa e esfregar o chão se tivessem um marido que as sustentasse, lhes desse todos os mimos que merecem e que cumprisse com os seus deveres conjugais.



Obviamente que isto são visões exageradas da realidade. Há de tudo em ambos os sexos e não vale a pena andarmos às turras porque temos que nos aturar uns aos outros, seja qual for a orientação sexual de cada um.


Aproveito ainda para deixar uma mensagem a todas as mulheres, sejam minhas amigas ou não: párem de se odiar umas às outras só por acharem que a mulher ao lado tem algo que vocês não têm. Aprendam a valorizar-se pelo que são e usem as revistas de moda a vosso favor. A diversidade faz do mundo um lugar melhor. Aproveitem-na!




A todas/os, os meus sinceros cumprimentos e votos de muita paz, alegria e amor!



P.S.: Estimado amigo que me reencaminhou o email supracitado: já agora, agradeço também que reencaminhes a resposta de uma mulher. Nem que seja porque afinal tiveste a feliz ideia de enviar esta provocação no NOSSO DIA. Mais uma vez, "big thumbs up" para a sensibilidade masculina.



Assinado: Teresa Sanches.

Escrokes VS Gajas Boas

Outro fenómeno que me causa alguma comichão atrás da orelha é o dos Escrokes.

(Escroke, para quem não saiba, é o azeiteiro citadino, o macho latino moderno que normalmente usa brilhantes nas orelhas e suíças assustadoramente compridas; mas pode surgir camuflado, ou até mesmo sob o protótipo de indivíduo simplório, quase rural, com uma barriga equivalente a cinco ou seis meses de gravidez e uma fronha que parece ter aterrado no cimento à nascença.)

Pois bem, causa-me transtorno que estes indivíduos, desprovidos de qualquer tipo de interesse fisionómico, não tenham desenvolvido personalidade, nem sequer um pouco de altruísmo. É certo que nos dias que correm, «anda meio mundo a tentar comer o outro meio mundo», mas também será de esperar que cada um de nós faça uma introspecção antes de abordar a potencial presa. Ninguém gosta de ser rejeitado. Daí que as pessoas olhem primeiro para si, tenham consciência do que valem e procurem alguém semelhante, alguém que esteja ao seu alcance. Mas o Escroke não. O Escroke, além de não ter a mínima ideia do seu ar gordurosamente repulsivo, quer afiambrar-se logo no grupo das melhores gajas do bar e está convencidérrimo que consegue! E pior: depois de levar a tampa insulta as pobres coitadas e sente-se, ele próprio, ofendido!

Fica aqui o meu apelo (não aos Escrokes, porque eles nunca acham que o são, mas a todos os homens que são rejeitados de forma "estranhamente" abrupta):
 
Uma ligeira instrospecção só nos faz bem. Conhecendo-nos, acabamos por lidar melhor com o ambiente que nos rodeia. Evitem os corações partidos e os insultos a quem não os merece. Sim, as pessoas bonitas também gostam de pessoas bonitas! Se não são bonitos, não chorem. Dsenvolvam personalidade,cultivem-se! Bom sentido de humor e de oportunidade, charme e cavalheirismo são qualidades muito apreciadas pela comunidade feminina.

Fotos em perfis

Desde que me lembro de ver perfis online que me deparo com o seguinte fenómeno:

O pessoal que mete fotos suas adora intitulá-las. As mais peculiares são aquelas em que o dono do perfil aparece sozinho. Mas não são títulos originais do género «a apanhar a borracheira na aldeia dos meus avós» ou «a gozar com os azeiteiros que andam no shopping». Não. Há sempre pelo menos uma foto, quer seja só da fronha, quer seja do pacote inteiro, que diz «eu», «me», «myself», «euzinho/a», «eu mesmo/a» e por aí adiante. Meus caros, chegou o momento de vos confrontar com a verdade:

TODA A GENTE SABE QUE AQUELA PESSOA COM CARA DE IDIOTA OU A FAZER BEICINHO SÃO VOCÊS.

Se puserem fotos só com outras pessoas no vosso perfil, aí sim, faz todo o sentido identificarem-nas (e, já agora, pedir às mesmas o consentimento para exporem a imagem delas, salvaguardando os respectivos direitos de personalidade).