Advertência

A Esquizofrenia Cor de Rosa é um espaço onde são despejados pensamentos, o mais inalterados possível da sua forma primordial. Não se pretende aqui construir um "cantinho" de discussão científica, filosófica, religiosa, histórica ou de qualquer outra índole. A realidade dança o tango com a ficção; o senso comum luta com a ciência, numa batalha onde ninguém sairá vencedor. Cabe-lhe a si, leitor, interpretar da maneira que lhe aprouver. Sinta-se livre para comentar, criticar ou lançar sugestões!

domingo, junho 12, 2011

Um futuro jurista, quem sabe!...


A verdadeira arte de andar à volta do assunto, falando muito sem dizer quase nada.

Acho fantástico o poder de autoridade que o pai exerce sobre o miúdo, enquanto a mãe se limita a perguntar sem obter resposta. =)

Cá para mim, já sabia que se não contasse ao pai mal ele lhe perguntou como foi ali parar, levava logo uma palmada no rabo assim que de lá saísse!

Thumbs up evewybody... For wock and woll!



Adoro este miúdo. Não me canso de ver o vídeo. Espero que também gostem. =)

A Derrota

É com algum desânimo (ou talvez nem por isso) que vos venho hoje comunicar que desisti de tentar aplicar o novo acordo ortográfico. Tentei, com árduo esforço, corrigir os ímpetos da rotineira escrita, tão enraizada no meu cérebro.

Mas a verdade é esta: demoro o triplo do tempo a escrever o que quer que seja. Olho para as palavras e parecem-me feias e deturpadas. E, se na escrita por computador é simples corrigir, quando se trata de papel e caneta, a coisa muda de proporção.

Tentei ver o lado bom da questão. Esforcei-me por pegar nas críticas que as pessoas andam a fazer ao acordo e mostrar outra perspectiva. Mas o património cultural que vive dentro de mim fala cada vez mais alto.

Cada vez me revolta mais a fraca personalidade dos nossos líderes. A constante necessidade de agradar a gregos e troianos... Ou a brasileiros e angolanos, melhor dizendo.

Sim, somos um país pequeno e pobre. Mas, para além de estarmos condenados à imagem amarelecida d'Os Descobrimentos e termos que admitir que a fama actual do nosso povo se resume a três ou quatro nomes do Futebol, a uma boa gastronomia e a uma péssima, mas célebre, gestão político-económica, ainda temos que nos rebaixar perante quem destruiu a nossa língua. Temos que abdicar das nossas regras gramaticais e da etimologia para nos assemelharmos àqueles que mutilaram a Língua Portuguesa ao sabor do analfabetismo e da falta de brio.

Destarte, cessam aqui todos os meus esforços pela harmonização às regras de um acordo que não aceitei, quer expressa quer tacitamente.

Post Scriptum: Será que alguém está a ver os ingleses a abdicar do seu sotaque para falar o Inglês dos americanos? Ou a passarem a escrever "colour" sem o u só porque é assim que os americanos decidiram escrever? Pois... Também me parece que não.

sábado, junho 04, 2011

É o que eu sou



"Deus, dai-me a coragem para mudar as coisas que posso... E a humildade para aceitar aquelas que não posso."

Estejamos em 1965 ou em 2011, as crianças serão sempre cruéis umas para as outras, tal como os jovens e os adultos o são. A diferença resume-se à espontaneidade e à transparência.

O que é a justiça? Não é o que está na lei. Não é ver a apodrecer na cadeia um homem que matou outro. Não é ganhar 50 000€ numa lotaria quando se está teso. Não é ter 17 valores num exame por se ser craque. Ser merecedor de algo não nos dá um bilhete para ganhar uma fatia de justiça.

"Viver honestamente; não fazer o mal e atribuir a cada um aquilo que é seu", dizia Ulpianus. Contudo, mesmo levando estas três regras à risca, pode não haver justiça.

A justiça é uma Utopia que se alcança de vez em quando. E digo-o com convicção. Digo-o porque casos há em que se faz justiça, mas não tão poucos serão aqueles que lhe ficam aquém. É um mero lançar de dados. A justiça está na nossa cabeça, mas também pode estar no coração. E pode ainda estar à frente dos nossos olhos sem nunca estar ao alcance das nossas mãos.

Encontrar forma de fazer justiça pondo de lado a sua aleatoriedade será tão difícil como atingir a paz mundial, ou encontrar a cura para o cancro. Mas enquanto houver pessoas no mundo que nos deem ânimo para lutar por ela, o acaso diminui na proporção em que a força aumenta.

É um filme emocionante, uma história com um toque de originalidade. Não obstante, a cereja no topo do bolo é aquela lição de moral que alguns sentiram na própria pele; que outros adquiriram por intermédio dos colegas; e outros que nunca a aprenderam e, por esse motivo, estão condenados a ser uns cabrões para o resto da vida.