Advertência

A Esquizofrenia Cor de Rosa é um espaço onde são despejados pensamentos, o mais inalterados possível da sua forma primordial. Não se pretende aqui construir um "cantinho" de discussão científica, filosófica, religiosa, histórica ou de qualquer outra índole. A realidade dança o tango com a ficção; o senso comum luta com a ciência, numa batalha onde ninguém sairá vencedor. Cabe-lhe a si, leitor, interpretar da maneira que lhe aprouver. Sinta-se livre para comentar, criticar ou lançar sugestões!

sexta-feira, março 11, 2011

Frangos do Pingo Doce


Exmos. senhores do grupo Jerónimo Martins:

  Venho por este meio solicitar uma ligeira alteração na vossa política comercial quanto à origem dos frangos que disponibilizam nos vossos estabelecimentos.
  Em nome dos frangos do campo, que não chateiam ninguém e até conferem ao local um je ne sais quoi de encanto com o seu cantarolar - tão típico das zonas rurais -, peço-vos que deixem os pobres animais na sua paz e, ao mesmo tempo, ajudem a melhorar a qualidade de vida dos moradores dos grandes centros urbanos. Como? De forma muito simples: passando a utilizar os galos da cidade.

  É sabido que o Porto, apesar de ser uma extensa urbe, é constituído por pequenas vielas, um tanto semelhantes às favelas do Brasil, mas onde não se encontram delinquentes por tendência ou especialmente perigosos. Estas vielas, comummente designadas de "ilhas", não são mais do que aldeias dentro da cidade. Como consequência, o centro do Porto está repleto de hortas e galinheiros, que torturam a sanidade mental da camada estudantil durante toda a noite. 

  De acordo com o que este vosso anúncio salienta, o frango do campo é o único com "cocorocó". Lamento discordar convosco. Contudo, acabaram por salientar o meu ponto de vista: o "cocorocó" deve ouvir-se é no campo. Na aldeia sabe bem ouvir o "cocorocó", enquanto que na cidade se prefere sentir simplesmente o cheirinho a frango assado, porque poluição sonora já temos que chegue.

  Espero, pois, que ponderem esta minha sugestão, sendo que o meu último recurso será uma incómoda petição à Câmara Municipal, para que se obrigue a sedar os bichos à noite ou a que todos os galinheiros necessitem de vidros duplos, sob pena de renovação urbana (implicando esta o derrube dos mencionados espaços). Uma vez que ambas as sugestões supracitadas implicam medidas um tanto controversas, bastante dispendiosas e ainda inovações legislativas, não creio que tal petição tivesse grande sucesso.

  Grata pela vossa atenção e com os melhores cumprimentos,
               
             Teresa Sanches.

2 comentários:

CoisasDaGaja disse...

ahahahahaha! Ou deveria dizer cócorocó? :)))

L* disse...

Eu nem conhecia este anúncio...tinhas de ser tu a mostrar-mo xD